Primeira citação de Cydalima perspectalis (Walker, 1859) para a ilha de São Miguel, Açores (Portugal) (Lepidoptera: Crambidae)
First record of Cydalima perspectalis (Walker, 1859) from São Miguel island, Azores (Portugal) (Lepidoptera: Crambidae)
Primera cita de Cydalima perspectalis (Walker, 1859) para la isla de São Miguel, Açores (Portugal) (Lepidoptera: Crambidae)
Primeira citação de Cydalima perspectalis (Walker, 1859) para a ilha de São Miguel, Açores (Portugal) (Lepidoptera: Crambidae)
SHILAP Revista de Lepidopterología, vol. 48, núm. 189, pp. 141-146, 2020
Sociedad Hispano-Luso-Americana de Lepidopterología
Recepção: 08 Outubro 2019
Aprovação: 27 Outubro 2019
Publicado: 30 Março 2020
Resumo: A traça-do-buxo Cydalima perspectalis (Walker, 1859) é citada pela primeira vez para a ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores. É uma espécie originária da Ásia Oriental, invasora, que causa danos graves em diferentes plantas ornamentais do género Buxus L. na Europa. Também, são apresentadas algumas notas sobre a distribuição e ecologia desta espécie.
Palavras-chave: Lepidoptera, Crambidae, Spilomelinae, Cydalima perspectalis, ilhas, Açores, Portugal.
Abstract: The box tree moth Cydalima perspectalis (Walker, 1859) is recorded for the first time in São Miguel island in the Azores archipelago. It is an invasive species from Eastern Asia that causes severe damages to different species of ornamental plants of the genus Buxus L. in Europe. Notes on worldwide distribution and ecology of this species are provided.
Keywords: Lepidoptera, Crambidae, Spilomelinae, Cydalima perspectalis, islands, Azores, Portugal.
Resumen: La polilla del boj Cydalima perspectalis (Walker, 1859) se cita por primera vez para la isla de São Miguel, archipiélago de las Azores. Es una especie invasora en el este de Asia que está causando graves daños en distintas plantas ornamentales del género Buxus L. en Europa. Además, se presentan algunas notas acerca de la distribución global y ecología de la especie.
Palabras clave: Lepidoptera, Crambidae, Spilomelinae, Cydalima perspectalis, islas, Azores, Portugal.
Introduction
A traça-do-buxo Cydalima perspectalis (Walker, 1859) pertence à família Crambidae e subfamília Spilomelinae. Originalmente descrita por WALKER (1859) como Phakellura perspectalis, foi incluída por vários autores em diversos géneros, nomeadamente Phakellura Guilding, 1830, Palpita Hubner, [1808], Diaphania Hubner, [1818], Glyphodes Guenee, 1854 e Neoglyphodes Streltzov, 2008; os trabalhos de filogenia e nomenclatura de MALLY & NUSS (2010) permitiram validá-la como pertencendo ao género Cydalima Lederer, 1863 (MALLY & NUSS, 2010; VIVES MORENO, 2014; PLANT et al., 2019).
A traça-do-buxo é uma espécie invasora, originária da Ásia Oriental (nativa da China e Coreia), que foi introduzida na Alemanha em 2007 (KRÜGER, 2008), provavelmente por via da introdução de plantas de buxo infestadas com larvas, encontrando-se desde então em expansão na Europa (PLANT et al., 2019). Atualmente, está registada para 40 países (EPPO, 2019), desde o Oriente à Europa Ocidental, passando por países da Europa de Leste e da Europa Central. É considerada como residente no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte) e na Península Ibérica, incluindo Espanha e Portugal. O primeiro registo na ilha mediterrânica de Malta remonta a 2018 (AGIUS, 2018). No continente Americano está circunscrita ao Canadá (GÓMEZ-UNDIANO et al., 2018; YUKICH, 2018; EPPO, 2019).
Em Portugal, segundo o Serviço Nacional Avisos Agrícolas da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho (circular nº 11, de 5/7/2017), C. perspectalis foi detetada pela primeira vez em 2016 no Norte, nomeadamente, em Caminha, Vila Nova de Cerveira, Ponte de Lima, Santo Tirso, estando a expandir-se para outras regiões (SNAA, 2017). Em 8-XI-2018, já era referida como «nova praga ameaça sebes de buxo na região de Sintra», sendo então objeto de uma sessão de esclarecimento, promovida pela PARQUES DE SINTRA (2018).
Os adultos de C. perspectalis têm uma envergadura de 36-44 mm e, segundo MALLY & NUSS (2010), apresentam três hábitos distintos: o fenótipo mais comum tem as asas brancas hialinas com as extremidades das asas e do corpo ornadas com uma franja castanha e uma característica mancha branca em forma de lúnula na célula discoidal das asas anteriores; uma variante tem também uma faixa castanha na borda inferior das asas anteriores, a qual é branca na forma típica; uma forma melânica completamente castanha, conservando visível a mancha branca nas asas anteriores, sendo o fenótipo mais raro na natureza. Os dois sexos são semelhantes, distinguindo-se os machos pela extremidade do abdómen castanho, que é mais distendido e possui a genitália externa coberta de um tufo suplementar de pelos.
Os ovos são redondos, achatados, translúcidos e de cor amarelada, sobrepostos na face inferior da folha como escamas de peixe (BRUA, 2013). Cada postura pode ter entre 5-20 ovos (LEUTHARDT & BAUR, 2013).
As larvas do último estado larvar são grandes, atingindo 35-40 mm de comprimento, têm coloração geral verde-clara, corpo estriado longitudinalmente de verde escuro, linhas negras com pontos esbranquiçados, sedas no corpo, três pares de patas torácicas amarelas e cinco pares abdominais e cabeça de cor preta brilhante (BRUA, 2013).
As pupas medem até 21 mm de comprimento, são de cor verde-claro e amarelo-claro, apresentando quatro linhas castanho-escuras, separadas por linhas claras; a linha dorsal é de cor castanha-alaranjada (BRUA, 2013).
A traça-do-buxo tem hábitos noturnos, sendo atraída pela luz (e.g. iluminação pública). Durante o dia, encontra-se inativa e escondida, mas podendo ser observada em repouso nos muros e sobre a planta hospedeira. A larva também tem atividade noturna, pelo que é mais difícil de observar durante o dia. A larva passa por seis a sete mudas e entra em diapausa obrigatória entre 5-6 semanas (NACAMBO et al., 2013). A pupação ocorre nas folhas da planta hospedeira.
A traça-do-buxo origina várias gerações por ano. Na Inglaterra, os adultos voam entre abril e novembro, ocorrendo uma sobreposição de várias gerações (PLANT et al., 2019). Na Ásia, pode ter três ou quatro gerações anuais, originando pelo menos duas gerações nas regiões climaticamente favoráveis ao seu desenvolvimento (NACAMBO et al., 2013; STRACHINIS et al., 2015). Em França, ocorrem duas a três gerações por ano (BRUA, 2013).
A traça-do-buxo é uma praga invasora que tem causado danos graves em diversas plantas do género Buxus L. nas florestas naturais de buxo e nas estruturas de buxo de notáveis jardins dos países do Leste e do Centro da Europa (GÓMEZ-UNDIANO et al., 2018; EPPO, 2019; PLANT et al., 2019). Segundo a literatura consultada, várias espécies de plantas podem fazer parte da alimentação da traça-do-buxo, a saber: Buxus sempervirens L., B. microphylla Sieb. & Zucc., B. sinica Rehhder & E. H., B. balearica Lam., Euonymusalatus (Thunb.) Siebold. (BRUA, 2013), Euonymusjaponicus Thunb., Ilex purpurea Hassk. (MARUYAMA, 1993) e Murraya paniculata (L.) Jack (WANG, 2008). Também, não se exclui a possibilidade dela se adaptar às plantas europeias, tais como Ilex aquifoliumL. e Euonymus europaeusL. (LEPIFORUM, 2019).
Resultados e discussão
Na ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores, o autor capturou uma fêmea adulta da traça-do-buxo Cydalima perspectalis (Walker, 1859), da forma branca comum, no dia 23-IX-2019, pelas 10:00 horas (fotos da Figs. 1-2), encontrando-se em repouso no teto branco de um edifício da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada (coordenadas UTM: 37.746721; -25.662041). Um segundo adulto totalmente castanho, da forma melânica (foto da Figs. 1-3), foi observado no dia 25-IX-2019, pelas 14:30 horas, no jardim da mesma Universidade (coordenadas UTM: 37.745517; -25.663386), pousado sobre o buxo Buxus sempervirensL. (Buxaceae) (foto da Figs. 1-4).
A fêmea capturada pelo autor media 40 mm de envergadura e, na ausência de alimento, morreu ao fim de três dias. No entanto, é desconhecido se a fêmea fez qualquer postura na natureza antes da sua captura, e se haverá lugar a uma população fundadora na ilha de São Miguel. O espécime melânico foi fotografado pelo autor e ficou em liberdade.
Trata-se do primeiro registo de C. perspectalispara a ilha de São Miguel (Açores), bem como para os restantes arquipélagos da Macaronésia, segundo a literatura consultada (e.g., BÁEZ & MARTÍN, 2004; AGUIAR & KARSHOLT, 2008; MALLY & NUSS, 2010; VIEIRA & KARSHOLT, 2010; VIVES MORENO, 2014; REGO et al., 2015; GARCÍA-BARROS et al., 2015; GÓMEZ-UNDIANO et al., 2018; BORGES et al., 2018; PÉREZ SANTA-RITA et al., 2018; EPPO, 2019; PLANT et al., 2019).
A origem destes dois espécimes de C. perspectalis é desconhecida. Provavelmente, é originária da Europa Ocidental, onde já se encontra presente durante todo o ano (GARCÍA-BARROS et al., 2015; GÓMEZ-UNDIANO et al., 2018; AGIUS, 2018; EPPO, 2019; PLANT et al., 2019), tal como previa o modelo climático elaborado por NACAMBO et al. (2013) em que a traça-do-buxo tem capacidade para se dispersar e estabelecer com sucesso na maior parte da Europa (especialmente no Sul), exceto na maioria dos países da Fenoscândia e a Escócia. Além disso, a sua propagação na Europa é vista principalmente como o resultado do comércio de plantas ornamentais do género Buxus (LEUTHARDT & BAUR, 2013; PLANT et al., 2019).
A dispersão dos indivíduos pode ser feita voando ativamente, ou sendo transportados passivamente por ventos ou correntes de ar sazonais favoráveis, possivelmente ao lado de outros animais, barcos e/ou aviões. Na literatura, existem alguns exemplos de outras espécies de Lepidoptera que certamente alcançaram as ilhas Açorianas por migração, transportadas por correntes de vento favoráveis, nomeadamente, as espécies noturnas Pseudaletia unipuncta (Haworth, 1809) (VIEIRA et al., 2003), Ophiusa tirhaca (Cramer, 1977) (VIEIRA, 2001) e Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758) (VIEIRA, 2012) e as espécies diurnas Danaus plexippus (Linnaeus, 1758) (NEVES et al., 2001), Hypolimnas misippus (Linnaeus, 1764) (TENNENT & RUSSEL, 2015) e Vanessa virginiensis (Drury, 1773) (VIEIRA, 2017). A libélula migrante Pantala flavescens (Fabricius, 1798) (Odonata: Libellulidae) também foi registada pela primeira vez na ilha de São Miguel em 02-XI-2014 (VIEIRA & CORDERO-RIVERA, 2015).
Neste contexto, sob condições de temperatura e ventos favoráveis (e.g., no dia 23, a temperatura média era de 22º C e o vento sudoeste moderado de 20/40 km/h, com rajadas até 50 km/h, rodando para noroeste e tornando-se fraco a bonançoso - 05/20 km/h), é expectável o aparecimento de adultos errantes de C. perspectalis nas ilhas açorianas, vindo provavelmente da Europa continental, uma vez que eles possuem uma grande capacidade de dispersão (e. g., NACAMBO et al., 2013; PLANT et al., 2019).
Porém, o estabelecimento de uma população residente é mais provável como sendo a consequência da importação acidental de estados do desenvolvimento pré-imaginais (ovo, larva e pupa) associados à sua planta hospedeira preferencial, Buxussempervirens. Este arbusto, originário da região Mediterrânica, é considerado nativo e raro no Norte de Portugal continental e plantado como arbusto de sebe em todo o país; o plantio é comercializado nos Açores aonde se encontra em vários jardins históricos e sebes, estando naturalmente distribuído pelas ilhas das Flores, Faial, São Jorge, Terceira, São Miguel e Santa Maria (ELIAS & SILVA, 2019).
Segundo o SNAA (2017), em Portugal ainda não estão homologados produtos para o controlo da traça-do-buxo, mas têm-se revelado eficazes os bioinsecticidas à base de Bacillus thuringiensis Berliner, 1915, nemátodes entomopatogénicos e piretroides naturais extraídos de Crysanthemun sp., bem como os inseticidas à base de Cypermetrina, Deltametrina, entre outros.
Finalmente, visando a despistagem de uma eventual população pioneira de C. perspectalis nas ilhas dos Açores, num primeiro momento, recomenda-se a observação direta de ovos, larvas e pupas que poderão estar associados às plantas hospedeiras, bem como a amostragem indireta por via do uso de armadilhas luminosas e de feromona, a instalar em parques, jardins e sebes, preferencialmente junto do buxo.
Gratidão
Expresso o meu agradecimento ao Dr. Antonio Vives (Espanha) pela sua revisão do manuscrito.
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